Mercado financeiro reduz projeção da inflação para 4,7% e mantém alta do PIB em 2,17%

Mercado financeiro reduz projeção da inflação para 4,7% e mantém alta do PIB em 2,17%

 

O mercado financeiro reduziu a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 4,72% para 4,70%. A nova estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (20) no Boletim Focus, publicação semanal do Banco Central que reúne as expectativas de economistas e instituições financeiras para os principais indicadores da economia.

Apesar da leve queda, a projeção da inflação para 2025 segue acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, entre 1,5% e 4,5%.

As projeções para os anos seguintes também foram revisadas: para 2026, a estimativa passou de 4,28% para 4,27%; para 2027 e 2028, os números seguem em 3,83% e 3,6%, respectivamente.

A inflação oficial, medida pelo IBGE, subiu 0,48% em setembro, impulsionada principalmente pelo aumento na conta de luz. No acumulado de 12 meses, o IPCA registra alta de 5,17%.

Selic deve seguir alta até 2025

Para conter a inflação, o Banco Central mantém a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. Segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a intenção é manter esse patamar por um “período bastante prolongado” devido às incertezas do cenário externo e à moderação do crescimento econômico.

A expectativa do mercado é que a Selic permaneça em 15% até o fim de 2025, com cortes graduais a partir de 2026, atingindo 12,25% naquele ano, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

PIB estável

A projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 foi mantida em 2,17%, segundo o Boletim Focus.